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"Realizar sonhos no Interior" - A missão da 'Happy Wish'
João Francisco Reis e Rita Liberato e Pedro Piegas (Centro Universitário Franciscano - UNIFRA) e Diana Serra Garcia · quarta, 15 de fevereiro de 2017 · "E tu, com que mundo sonhas?" podia ser um título de um livro ou um verso de uma música, mas foi mesmo o início da júnior empresa, Happy Wish, que, com o objetivo de concretizar sonhos, foi criada por Mafalda Melo, estudante de Psicologia. Fomos em busca de perceber como foi criada e onde atua. |
Happy Wish - Um projeto inovador no Interior |
21998 visitas Num país tradicionalmente solidário, o interior não podia ser esquecido e as pessoas que aqui habitam também não. Assim, a estudante da UBI, com o apoio de amigos e colegas, pôs mãos à obra e decidiu tomar esta iniciativa de carácter voluntário. Para realizar o seu próprio sonho, Mafalda Melo, fundadora do projeto, comprometeu-se a fazer o que pudesse para realizar os sonhos daqueles com mais dificuldades, quer sejam crianças, jovens ou idosos. Foi assim criado o primeiro projeto de iniciativa social da região centro, constituído apenas por estudantes da UBI, e que já conta com 70 membros. A ideia, apesar de ser pioneira na Covilhã, foi inspirada noutra organização sem fins lucrativos, U.Dream, sediada no Porto. Internamente, a Happy Wish é composta por cinco departamentos. Gabriela Monroy é aluna de Ciências da Comunicação e soube do aparecimento da HW através de uma amiga. Após uma breve entrevista de recrutamento, onde respondeu a várias questões sobre os seus gostos, talentos e personalidade, foi destacada para o departamento das Relações Humanas, que está diretamente ligado à intervenção social e dinâmicas com crianças, jovens e idosos, mas sublinhou que nunca está sozinha nesta aventura e que “na última atividade do dia 5 de dezembro, na Escola de São Domingos, éramos uma equipa de cinco elementos e a Mafalda acompanha-nos sempre”. A atividade foi organizada pela iniciativa solidária em parceria com um dos projetos a que está ligada, o projeto doutoramento Sentir, Pensar e Agir, que tem como fundamento inserir pessoas com necessidades educativas em mercados de trabalho, de forma a que estas possam viver a sua vida da forma mais natural possível. Porém, a primeira iniciativa da HW foi realizada no dia 1 de junho de 2016, dia mundial da criança, na Casa do Menino Jesus. Mafalda referiu que esta atividade a “marcou muito, não só por ser a primeira, mas por ter visto a alegria no rosto daquelas crianças e jovens”. Falou também ainda da importância que é para aquelas crianças saber que, “pelo menos uma vez por semana ou por mês, vão receber alguém que interaja com elas”. Para além do projeto doutoramento, a pequena empresa já estabeleceu contacto com o lar do Tortosendo e com a Liga dos amigos dos penedos altos (LAPA). No dia 11 de dezembro, foi a vez de uma atividade na LAPA, onde foi feito um almoço solidário e, como era tempo de espírito natalício, as crianças tiveram direito a presentes, que foram recolhidos por todas as faculdades durante as semanas anteriores ao evento. Mafalda diz que “a júnior empresa ainda não é autossuficiente e que o apoio da UBI e da Câmara Municipal da Covilhã é essencial para o seu crescimento”. Mas, para além destes apoios, a organização conta com mais ajudas externas. É aqui que o departamento de relações externas atua. Vanessa Santos, aluna de Ciências da Cultura, faz parte do departamento de relações externas e, afirma que, das parcerias que procuraram, praticamente conseguiram o apoio de todas elas, que “são maioritariamente, da região da Covilhã e estão bastante abertas a este tipo de iniciativas uma vez que são raras no interior”. A parte do recrutamento é da responsabilidade do departamento de recursos humanos, ainda assim este tem outras funções. Adriana Diamantino, aluna de Ciências da Cultura e integrante dos recursos humanos, diz que “o papel dos recursos humanos é ajudar a resolver os problemas internos, de modo a fortalecer todos os membros” e “organizar os eventos e as várias dinâmicas utilizadas nos recrutamentos e na própria intervenção social”. As formações também são organizadas pelos recursos humanos, que é algo que a HW valoriza imenso. É preciso que os membros desejem e atuem, mas primeiramente é necessário que saibam o que estão a fazer: é por isso que as formações existem. Podem ser realizadas tanto por parcerias externas, membros internos, empresas de formação ou até mesmo professores. Para além dos departamentos já referidos anteriormente, ainda existem mais dois, o departamento financeiro, que é um dos mais pequenos da organização e o departamento de marketing, comunicação e imagem. Neste momento, são os que mais necessitam de novos membros. Futuramente, a empresa tem como novos desafios chegar aos politécnicos da Guarda e de Castelo Branco, para que não seja só a zona da Covilhã, no interior, a ser abrangida por esta iniciativa social, já que “quantos mais puderem ser ajudados melhor”. A Happy Wish, apesar de ainda estar a dar os primeiros passos, pretende continuar a evoluir e para isso é preciso sangue novo nas equipas. Deste modo, haverá um novo período de recrutamento no segundo semestre, sem data definida. A todos os interessados basta estarem atentos às redes sociais da organização. |
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